Na China, Lula defende moeda alternativa ao dólar para comércio entre países do Brics

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‘Precisamos ter uma moeda que transforme os países em uma situação um pouco mais tranquila’, disse presidente durante posse de Dilma no comando do banco do grupo, formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

Lula afirmou ainda que os demais países poderiam usar as próprias moedas nas relações comerciais, sem utilizar o dólar, “e os bancos centrais certamente poderiam cuidar disso”.

“Quem decidiu que é era o dólar a moeda depois que desapareceu o ouro como paridade? Por que não foi yene? Por que não foi o Real? Por que não foi o peso? Porque as nossas moedas eram fracas, as nossas moedas não têm valor em outros países. Então, se escolheu uma moeda sem levar em conta a necessidade que nós precisamos ter uma moeda que transforme os países em uma situação um pouco mais tranquila.”

No último mês, o Banco Central brasileiro anunciou que havia fechado um acordo com chinês para conversão direta das moedas dos dois países em operações comerciais. Até então, as instituições precisavam fazer as operações com a intermediação do dólar americano.

Lula está viagem à Ásia para tratar principalmente da relação comercial com a China, maior parceiro de negócios do Brasil, mas também da guerra entre Rússia e Ucrânia e de questões de governança global.

Visita à Huawei

Nesta quinta-feira (13), Lula também visitou a sede da gigante de tecnologia Huawei e teve reuniões com executivos das áreas de energia sustentável e comunicações.

No Twitter, o presidente disse que a empresa fez uma apresentação sobre 5G e soluções em telemedicina, educação e conectividade.

Em fevereiro de 2020, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos moveu uma ação judicial acusando a chinesa Huawei e quatro subsidiárias norte-americanas de conspirar para extorquir e roubar segredos comerciais de concorrentes, obtendo vantagens e reduzindo gastos com pesquisa e desenvolvimento.

Uma executiva da empresa foi presa em dezembro de 2018 e, desde então, a Huawei também foi acusada pelo governo norte-americano de ser um “instrumento do governo chinês” e sofre com sanções comerciais que a proíbem de participar na construção da infraestrutura de 5G.

Lula também se reuniu com o CEO da empresa de veículos elétricos BYD, Wang Chuanfu. A empresa produz ônibus elétricos e está negociando uma fábrica de automóveis elétricos na Bahia, em Camaçari.

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