Ministra Anielle Franco revela resposta brutal que ouviu de PM ao chegar no local onde Marielle foi assassinada

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Assassinos da vereadora começam a ser julgados nesta quarta-feira (30).

Mais de meia década após o mais grave atentado político do século, os assassinos de Marielle Franco, Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, vão a júri popular nesta quarta (30). O g1 transmite o julgamento ao vivo.

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, relembrou o dia da morte da irmã, 14 de março de 2018, em entrevista ao podcast O Assunto.

“Pego o carro , saio e vou ao local do crime. Consigo chegar relativamente perto e ver a mão da minha irmã para o lado de fora do carro com o rosto e a cabeça bem desconfigurados. Não me deixam chegar perto”, relata a ministra em conversa com Natuza Nery.

Anielle relembra ainda a resposta brutal que recebeu da polícia ao perguntar se a irmã havia sido vítima de um assalto.

“Recebi uma resposta muito inusitada que, naquele momento, foi um choque de realidade: ‘Não, não está com cara de ter sido um assalto. Também, ela estava falando mal de um monte de gente no Twitter’, inclusive da PM.”

O assassinato da vereadora envolve os seguintes réus:

  • os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, apontados como mandantes do crime;
  • o delegado Rivaldo Barbosa, que seria o mentor do assassinato;
  • o ex-policial militar Robson Calixto, conhecido como Peixe, ex-assessor de Domingos Brazão e que, de acordo com as investigações teria ajudado a dar sumiço na arma do crime;
  • e o Major Ronald Paulo Alves Pereira encarregado de monitorar a rotina da parlamentar, segundo a delação de Ronnie Lessa.

Élcio de Queiroz e Ronnie Lessa, que começam a ser julgados nesta quarta-feira, foram presos dois dias antes de o crime completar um ano. Além da vereadora, que levou quatro tiros na cabeça, o motorista do veículo, Anderson Pedro Gomes, também foi baleado com três tiros nas costas e morreu. Fernanda Chaves estava no banco de trás e foi atingida por estilhaços.

Os bandidos – Lessa e Queiroz – estavam em Cobalt prata e seguiram Marielle desde a Casa das Pretas, na Lapa, onde ela participara de um evento em uma distância de cerca de 4 quilômetros. A dupla emparelhou ao lado do veículo onde estava a vereadora e disparou, fugindo sem levar nada.

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