Militares golpistas nomeiam novo líder após golpe de Estado no Níger

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Os militares que deram um golpe de Estado no Níger nomearam, nesta sexta-feira (28), o general Abdourahamane Tchiani como novo líder em comando no país, cujo presidente Mohamed Bazoum foi sequestrado há três dias.

Tchiani anunciou, na televisão estatal que foi nomeado “presidente do Conselho Nacional para a Salvaguarda da Pátria”, a junta militar que derrubou o governo de Bazoum. 

O general, que é chefe da Guarda Presidencial desde 2011, justificou o golpe pela “deterioração da situação de segurança” neste país africano devastado pela violência de grupos jihadistas.

“A abordagem atual em matéria de segurança não foi capaz de proteger o país, apesar dos grandes sacrifícios do povo nigerino e do grato apoio de nossos aliados externos”, afirmou.

Bazoum está detido desde a manhã de quarta-feira (26) no palácio presidencial, rodeado de membros da sua escolta. Ele continua junto à sua família e conseguiu se comunicar com outros chefes de Estado.

O presidente da França, Emmanuel Macron, condenou o golpe de Estado nesta sexta e exigiu a libertação de seu homólogo nigerino.

“Este golpe de Estado é completamente ilegítimo e profundamente perigoso para os nigerinos, para o Níger e para toda a região”, disse em uma declaração em Papua Nova Guiné, onde realiza uma visita.

No mesmo dia, a União Europeia (UE) também repreendeu o ato e ameaçou suspender a ajuda financeira que fornece ao país.

O Exército do Níger expressou na quinta-feira (27) o seu apoio aos líderes que orquestraram o golpe. Estes militares acusaram a França, que tem 1.500 soldados destacados no Níger, de violar o fechamento da fronteira ao pousar um avião militar no aeroporto internacional da capital, Niamey.

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