Israelenses e palestinos vivem drama da perda de parentes em meio à guerra

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Ataque terrorista praticado por grupo extremista Hamas gerou reação de Israel neste domingo (8).

Em meio a ataques terroristas feitos pelo grupo extremista Hamas a Israel e pela retaliação sobre a Faixa de Gaza, muitas pessoas tentam se proteger e, ainda, sofrem com o sequestro, desaparecimento e até a morte instantânea de entes queridos. Alguns deles inclusive ficaram perto de morrer e sobreviveram em regiões de bombardeios, enquanto procuram informações de pessoas próximas.

O conflito, que chega ao terceiro dia nesta segunda-feira (9), provocou a morte de ao menos 1.200 pessoas, sendo 700 em Israel, 493 na Faixa de Gaza e 7 na Cisjordânia, segundo o balanço mais recente. Além disso, milhares de pessoas ficaram feridas.

Yoni Asher, um homem israelense, viu um vídeo nas redes sociais onde identificou a esposa, as duas filhas e a sogra sendo levados por rebeldes do Hamas. E sem informações, ele publicou também nas redes um apelo pela saúde e segurança da sua família.

‘Eu quero pedir ao Hamas: não as machuquem. Não machuquem crianças, não machuquem mulheres. Se quiserem, estou disposto a ir no lugar delas”, pediu o homem.

Uma mulher palestina, Sabreen Abu Daqqa, contou que sofreu um ataque aéreo quando estava em casa e viu tudo desabar sobre ela e os familiares – -muitos deles morreram.

“Eu estava em casa quando de repente ouvi um barulho e tudo desabou sobre nossas cabeças”, relatou Sabreen, que perdeu três familiares e uma outra pessoa está desaparecida.

“Quando me retiraram dos escombros, vi tudo destruído, as casas destruídas. E depois fui levada ao hospital e vi muitos mortos”, contou.

Outra mulher, Ricarda Louk, relatou que teve a filha sequestrada por rebeldes extremistas do Hamas. E que só soube disso ao receber um vídeo também publicado nas redes sociais onde viu a filha sendo levada inconsciente.

“Nesta manhã a minha filha Shani Nicole Louk, que é cidadã alemã, foi sequestrada com um grupo de turistas no Sul de Israel pelo Hamas. Recebemos um vídeo no qual reconheci imediatamente a minha filha inconsciente em um carro com palestinos que foi em direção à faixa de Gaza”, contou. “Pedimos que quem tenha qualquer informação ou ajuda, por favor, mande para nós”.

Israel afirmou nesta segunda-feira (9) que restabeleceu o controle das comunidades ao redor da Faixa de Gaza. Há dois dias, o grupo armado Hamas lançou um ataque contra o território israelense. E neste domingo (8), israelenses responderam com um ataque sobre a Faixa de Gaza.

Mais de 1.200 pessoas morreram no confronto até então. Cerca de 123 mil pessoas foram internamente deslocadas dentro da Faixa de Gaza, de acordo com levantamento da Organização das Nações Unidas (ONU). A agência da ONU afirmou ainda que existem relatos de escassez de alimentos na região.

A Faixa de Gaza é um território controlado pelo Hamas, que jurou destruir Israel e travou várias guerras com o país desde que assumiu o poder em Gaza em 2007. O local é um território situado entre Israel, Egito e o Mar Mediterrâneo e abriga cerca de 2,3 milhões de pessoas — uma das maiores densidades populacionais do mundo.

A Faixa tem comprimento de 41 km e 10 km de largura. Já o espaço aéreo de Gaza e sua costa marítima são controlados por Israel. Os israelenses também restringem quais mercadorias e quem pode entrar e sair da região. O Egito, por sua vez, controla quem atravessa a fronteira.

De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de e 80% da população de Gaza depende de ajuda internacional e 1 milhão de pessoas contam com ajuda alimentar diária.

Fonte: g1.globo.com

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