Atirador deixou a mãe, a cunhada, seis policiais e um guarda civil feridos; imóveis vizinhos também foram atingidos durante as nove horas de cerco à casa do suspeito.
Como ficaram casas após confronto entre policiais e homem que manteve família em cárcere em Novo Hamburgo. — Foto: Carolina Aguaidas/RBS TV
As marcas de tiros do confronto entre o homem de 45 anos que matou o pai, o irmão e um policial militar com a Brigada Militar (BM) em Novo Hamburgo, na Região Metropolitana de Porto Alegre, podem ser vistas no imóvel em que o criminoso manteve a família em cárcere privado e em residências vizinhas (veja as fotos ao longo da reportagem). Foram nove horas de cerco entre a noite de terça (22) e a manhã desta quarta-feira (23). O atirador, Edson Fernando Crippa, foi encontrado morto no imóvel – a causa da morte não foi divulgada pela polícia.
Além dos mortos, houve nove feridos. Os mortos são Eugênio Crippa, de 74 anos, pai do atirador; Everton Crippa, 49 anos, irmão dele; e o policial militar Everton Kirsch Júnior, de 31 anos. Os nove feridos são a mãe e a cunhada do atirador, além de seis policiais e um guarda municipal. Todos foram levados para um hospital após serem atingidos (abaixo, veja quem são e os estados de saúde deles).
Casa onde família foi mantida refém em Novo Hamburgo — Foto: Carolina Aguaidas/RBS TV
O crime aconteceu em uma casa na Rua Adolfo Jaeger, no bairro Ouro Branco (acima). A polícia diz que foi até a casa onde a família estava após receber denúncias de que os pais do atirador eram mantidos em cárcere privado. Assim que o criminoso viu os agentes, atirou contra eles e contra os familiares.
“De forma inesperada e totalmente agressiva, ele aparece e começa a atirar em todas as pessoas que se encontravam naquele local, na frente da residência. Ele efetuou disparos contra os próprios pais dele e contra a guarnição que estava ali atendendo a ocorrência”, detalha o tenente-coronel Alexandro Famoso, comandante do 3º Batalhão de Polícia Militar (3º BPM) de Novo Hamburgo.
Durante o cerco, dois drones dos militares também foram abatidos pelo homem, segundo a BM.
“A todo momento, tentamos negociar com ele, conversar com ele, tentamos contato telefônico através dos números que a gente conseguiu, ele não responde a nenhum contato que estamos tentando fazer com ele. A única forma de resposta é através de disparos”, diz Famoso.
Casa vizinha que foi atingida por tiros durante confronto entre homem e Brigada Militar em Novo Hamburgo — Foto: Carolina Aguaidas/RBS TV
Quem era o policial morto
De acordo com a BM, Everton Kirsch Júnior estava na corporação desde 2018. Recentemente, se tornou pai. Ele deixa o filho, que tem 45 dias, e a esposa.
Quem são os feridos
Os nove feridos foram encaminhados para receber atendimento médico no Hospital Municipal de Novo Hamburgo. São eles:
Volmir de Souza – aguarda cirurgia após ser baleado uma vez
Cleris Crippa, 70 anos, mãe do atirador – estado grave após ser baleada três vezes
Priscilla Martins, 41 anos, cunhada – estado grave após ser baleada uma vez
Rodrigo Weber Voltz, 31 anos, PM – em cirurgia após ser baleado três vezes
João Paulo Farias Oliveira, 26 anos, PM – em cirurgia após ser baleado uma vez
Joseane Muller, 38 anos, PM – estado estável após ser baleada uma vez
Eduardo de Brida Geiger, 32 anos, PM – liberado do hospital após ser baleado de raspão
Leonardo Valadão Alves, 26 anos, PM – liberado do hospital após ser baleado de raspão
Felipe Costa Santos Rocha, PM – liberado após ser baleado de raspão
