EUA utiliza novo método de execução por asfixia

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Desde 1982 o EUA não havia utilizado outro método de execução que não fosse a injeção letal.

Nesta quinta-feira (25), o estado do Alabama, nos Estados Unidos, executou um prisioneiro com o método de asfixia com nitrogênio que nunca havia sido usado no país. O homem executado foi Kenneth Eugene Smith, de 58 anos, condenado por um homicídio.

Eugene Smith

As 23h, a governadora do Alabama, Kay Ivey, afirmou que Smith havia sido declarado morto. “Em 18 de março de 1988, a vida de Elizabeth Sennett, de 45 anos, foi brutalmente tirada dela por Kenneth Eugene Smith”, disse a governadora em seu comunicado.

No processo de execução, uma máscara foi colocada no rosto de Smith pelos agentes, fazendo com que ele inalasse gás nitrogênio puro. Isso resultou em uma morte por falta de oxigênio. Cinco jornalistas foram autorizados a acompanhar a execução. As testemunhas afirmaram que o prisioneiro aparentou ficar consciente por vários minutos, começando a tremer em sequência. Os jornalistas disseram que Smith se contorceu na maca em que estava por cerca de dois minutos. Depois, ele começou a respirar fundo, até que começou a desacelerar. “Parecia que Smith estava prendendo a respiração o máximo que pôde”, disse o comissário penitenciário do Alabama, John Hamm.

exemplo da sala de onde houve a execução

O pastor dele, Jeff Hood, afirmou que não se pode normalizar a morte por sufocação.

Smith é uma das poucas pessoas que já sobreviveram a uma tentativa de morte pelo EUA: em 2022, desistiram da tentativa, após tentarem executá-lo com injeção letal; mas, não encontraram uma veia que pudesse servir como via intravenosa para aplicar o veneno.

Ouve duas tentativas para salva-lo de ultima hora por seus advogados:

  • Na quarta-feira, os advogados argumentaram à Suprema Corte dos EUA que um homem condenado à morte não pode ser submetido a duas tentativas de execução. O pedido foi negado.
  • Também na quarta-feira, os advogados entraram com um recurso em um tribunal de apelações afirmando que pode haver problemas com a máscara e que há risco de dano ao cérebro. O tribunal negou o pedido. Os representantes de Smith, então, recorreram à Suprema Corte, que nesta quinta-feira, determinou o prosseguimento da execução.

Reportagem: Alexandra Antunes

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