Até a última atualização desta reportagem, não se sabia quem jogou a substância, mas, segundo o presidente da Cedae, Aguinaldo Ballom, ‘provavelmente foi um despejo pontual de um surfactante’ diretamente no rio.
A Cedae interrompeu às 5h30 desta segunda-feira (28) o abastecimento de água a partir da Estação de Tratamento (ETA) Guandu, que atende 13 milhões de pessoas na Região Metropolitana do Rio de Janeiro.
A companhia identificou vários focos de espuma branca no manancial e, para garantir a segurança hídrica da população, decidiu fechar preventivamente a captação das piscinas de filtragem, desviando a água suja para as comportas da descarga.
A expectativa era retomar a captação somente no fim do dia, se os níveis do contaminante continuarem caindo. Há ainda um prazo de 72 horas para que a água tratada chegue normalmente a todos os pontos, sobretudo no fim das linhas.
‘Onda de detergente’
Até a última atualização desta reportagem, não se sabia a origem da substância, mas, segundo o presidente da Cedae, Aguinaldo Ballom, “provavelmente foi um despejo pontual de um surfactante” diretamente no Rio Guandu.
O material, um tipo de detergente, tinha forte cheiro de tíner e “veio em uma onda muito forte”, segundo Daniel Okumura, diretor de Operações e Grande Saneamento da Cedae.
Às 10h25, uma equipe da Delegacia de Meio Ambiente, da Polícia Civil, chegou à estação.
“O protocolo de contingência foi acionado em razão das alterações da qualidade da água bruta (não tratada)”, informou a Cedae. “Técnicos monitoram continuamente as condições do manancial até que a concentração deste material não represente risco e, assim que a situação for controlada, a operação da ETA será retomada”, emendou.
“O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) já foi notificado para a tomada das devidas providências. As concessionárias Águas do Rio, Iguá e Rio+Saneamento, responsáveis pela distribuição de água nas regiões atendidas pelo Sistema Guandu, também foram comunicadas”, destacou.
Phelipe Campelo, presidente do Inea, disse que o lançamento do surfactante é um crime ambiental. “Só vamos cessar as investigações quando localizarmos quem fez esse lançamento criminoso”, afirmou.
“Não descantamos sabotagem. Estamos definindo a quantidade de lançamento”, emendou Campello.
Municípios afetados
- Belford Roxo
- Duque de Caxias
- Itaguaí
- Nilópolis
- Nova Iguaçu
- Queimados
- Rio de Janeiro
- São João de Meriti
Fonte: g1.globo.com