Buscas no oceano: Em 2017, submarino argentino desapareceu e demorou 1 ano para ser encontrado

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No domingo (18), submarino com expedição para ver destroços do Titanic desapareceu nas águas do Atlântico Norte. Operação para buscas movem autoridades americanas.

Autoridades norte-americanas fazem buscas por um submarino que desapareceu no domingo (18) durante uma expedição turística para ver os restos do Titanic. Há quase 6 anos, uma operação parecida foi feita na América do Sul para localizar um submarino argentino que desapareceu. À época, a embarcação demorou um ano para ser encontrada.

No caso argentino, que aconteceu em novembro de 2017, 44 pessoas morreram. O submarino ARA San Juan era da Marinha da Argentina e voltava para a base naval após a realização de exercícios militares.

Horas antes do desaparecimento, no dia 15 de novembro de 2017, o comandante do submarino alertou para a existência de uma falha provocada pela entrada de água por um duto de ventilação. A água vazou no compartimento das baterias elétricas e produziu um princípio de incêndio.

A Marinha argentina disse que a falha foi corrigida e que o submarino continuou navegando. No entanto, o rastro da embarcação foi perdido.

As buscas pelo submarino argentino começaram 48 horas após o desaparecimento. A operação reuniu 13 países, incluindo o Brasil, mas a maioria abandonou os trabalhos antes do fim de 2017.

O governo argentino também abandonou a busca por sobreviventes em dezembro daquele ano, o que gerou uma série de protestos de familiares.

Em 2018, para pressionar o governo, os familiares das vítimas acamparam por 52 dias na Praça de Maio, em frente à sede da Presidência da Argentina, em Buenos Aires. O protesto levou à contratação da empresa americana Ocean Infinity para retomar o rastreamento pelo submarino.

As buscas com a Ocean Infinity começaram em setembro de 2018. Após dois meses de operação, com navios e drones, a empresa chegou a afirmar que iria desistir da procura. No entanto, no dia em que o desaparecimento completou um ano, a companhia disse ter descoberto a possível localização da embarcação.

No dia 17 de novembro de 2018, o Ministério da Defesa da Argentina confirmou que o submarino havia sido encontrado a uma profundidade de 907 metros, a cerca de 600 km da costa. A Marinha disse que a embarcação implodiu no fundo do mar.

O caso norte-americano

O submarino que desapareceu na costa norte-americana no domingo (18) faz expedições pela empresa OceanGate. De acordo com as autoridades, cinco passageiros estavam na embarcação.

A expedição turística faz uma visita aos restos do Titanic, que estão a cerca de 600 km da costa do Canadá. O passeio para ver os destroços do navio, que naufragou em 1912, custa US$ 250 mil (R$ 1,19 milhão).

A viagem dura oito dias. Para descer até o local dos destroços, que fica a uma profundidade de 3.800 metros no Oceano Atlântico, o submersível leva cerca de oito horas (são 2,5 horas para descer e outras 2,5 horas para voltar à superfície).

A Guarda Costeira dos Estados Unidos disse que a localização para a busca do submarino desaparecido fica em uma área remota, a uma profundidade de mais de 3.900 metros. As Forças Armadas do Canadá também participam da operação.

A OceanGate afirmou estar mobilizando todas as opções para trazer a tripulação de volta.

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