‘Marielle foi democraticamente eleita e brutalmente executada’, afirmou Mônica Benício, viúva da vereadora.
Um ato na escadaria da Câmara dos Vereadores, no Centro do Rio, e uma missa lembraram os seis anos do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes. As mortes completam seis anos nesta quinta-feira (14).
“São seis anos sem que as autoridades respondam o que aconteceu na noite do dia 14 de março de 2018. Um assassinato, um crime que abalou a nossa democracia. Não há democracia plena enquanto o Estado não responder quem mandou matar Marielle e por quê”, afirmou Mônica Benício, vereadora e viúva.
A Anistia Internacional e o Instituto Marielle Franco estão entre as outras organizações que contarão com atos pedindo justiça ao longo da quinta.
“São seis anos sem repostas. A Anistia Internacional apontou erros das autoridades na investigação e propôs no documento recomendações para que a morosidade não aconteça mais. Indicamos protocolos e ações para que não tenha mais demora no caso e que tenha justiça por Marielle e Anderson”, afirmou.
Os manifestantes levaram girassóis nas mãos para lembrar Marielle. Ela destaca que a família não consegue viver plenamente o luto pelas mortes pela falta de uma resposta sobre o mandante do crime.
Na homilia, o padre criticou a violência no estado e cobrou justiça pela morte da parlamentar e do seu motorista.
“Hoje é dia de celebrar a indignação das famílias que perdem os seus nesse estado. Nos somamos com as famílias de Marielle e Anderson e de tantos outros em busca de justiça. Suplicamos a Deus para que justiça seja feita, porque não aguentamos mais. Que hoje gritemos por justiça e que ele ecoe”, padre Niraldo Lopes, amigo da família de Marielle.
Reportagem: Alexandra Antunes