Itamaraty manifesta inconformismo a Israel e vê possível ‘emboscada’ para o embaixador brasileiro.

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Após Lula comparar ação israelense em Gaza ao genocídio de judeus, um anúncio foi feito em hebraico ao lado de embaixador brasileiro, que não fala a língua, durante visita ao Museu do Holocausto.

Na reunião entre Mauro Vieira e Daniel Zonshine, o embaixador israelense no Brasil, não se falou em retratação nem desculpas por parte do Brasil. Segundo fonte, o foco foi justamente demonstrar inconformismo e desconforto do tratamento ao embaixador brasileiro.

Imagem do embaixador de Israel em entrevista

Fontes do Itamaraty relatam que o sentimento é de que foi criada uma “emboscada” para Meyer que veio após declaração de Lula feita no domingo (18), comparando ações de Israel na Faixa de Gaza ao extermínio de judeus na Segunda Guerra. Na visão do Itamaraty a emboscada, se deu porque expuseram Meyer ao chanceler israelense falando em hebraico, sendo que Meyer não fala o idioma.

“Aquilo ali não existe em manual diplomacia algum”, explicando que o chanceler israelense falou à imprensa em idioma local, proferindo ataques ao presidente brasileiro.

Após a escalada da tensão, o governo brasileiro mandou Meyer voltar de Tel Aviv para o Brasil. Chamar um embaixador de volta, é uma medida considerada dura nas relações internacionais. É um sinal de que o país quer ouvir esclarecimentos de seu diplomata a respeito de uma atitude considerada hostil feita pela outra nação.

Reportagem: Alexandra Antunes

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