Entre os clientes da quadrilha estavam membros de facções criminosas e integrantes das forças de segurança.
Nesta quinta-feira (01), pai e filho foram presos preventivamente pela Polícia Federal (PF), na Operação I-Fraude que investiga a invasão de sistemas federais e o vazamento de dados de autoridades e pessoas públicas.
Os dois foram encontrados em sua residência em Vinhedo (SP), região de Campinas, no início da manhã. Policiais também cumpriram mandados de busca e apreensão no local. À tarde, a dupla teve a prisão confirmada pela Justiça Federal de Campinas durante audiência de custódia.

De acordo com a Polícia Federal, a quadrilha hackeava sistemas federais, roubava os dados e depois vendia por meio das redes sociais. Membros de facções criminosas e integrantes das forças de segurança, como policiais, estavam entre os ‘clientes’ da organização criminosa.
Entre as autoridades que tiveram seus dados vendidos, está o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal.
Segundo a PF, a operação foi deflagrada em cinco estados do Brasil. A PF pediu a prisão de três suspeitos, a partir das informações coletadas na quarta-feira, incluindo o pai e o filho de Vinhedo. A Justiça Federal autorizou e os mandados foram cumpridos nesta quinta.

É possível que eles tenham faturado, ao menos, R$ 10 milhões com o esquema criminoso entre 2010 e 2024. De acordo com a PF, foi determinado o bloqueio de cerca de R$ 4 milhões das contas dos investigados.
Reportagem: Alexandra Antunes