Quem é Ricardo Cappelli, novo chefe interino do GSI após demissão de Gonçalves Dias

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Cappelli já presidiu a UNE, foi secretário de Comunicação do Maranhão e integrou governo Lula entre 2003 e 2006. Em janeiro, foi interventor na segurança do DF após atos golpistas.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) escolheu o secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, para comandar de forma interina o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI) nos próximos dias.

A decisão foi tomada após o pedido de demissão do general Gonçalves Dias, que comandava o GSI até esta quinta.

Vídeo revelado pela “CNN” mostra Dias no Palácio do Planalto durante os atos golpistas do dia 8 de janeiro, andando em meio aos manifestantes que depredavam os andares superiores do prédio.

No dia dos atos, Ricardo Cappelli – que já era o número 2 do ministro da Justiça, Flávio Dino – foi designado interventor federal na segurança pública do DF. Ele ocupou o cargo por um mês.

Cappelli é jornalista e foi escolhido pelo ministro Flávio Dino em dezembro de 2022 para ser o segundo no comando da pasta da Justiça. O ministro interino do GSI foi secretário de comunicação de Flávio Dino quando o ministro governou o Maranhão.

Essa não é a primeira participação de Cappelli em uma gestão de Lula. O ministro atuou no Ministério do Esporte, entre 2003 e 2006, como Secretário Nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social.

A crise no GSI

O general Gonçalves Dias pediu demissão do comando do GSI cerca de sete horas após os vídeos que mostram o então ministro no Planalto, no dia dos atos golpistas, terem sido divulgados pela “CNN”.

Também foi exonerado, a pedido, o número 2 do GSI, o secretário-executivo Ricardo Nigri. Antes dessas decisões, Lula se reuniu a portas fechadas com ministros da cúpula do governo e, em um segundo momento, com Gonçalves Dias.

Nesta quinta, o blog da Ana Flor mostrou que Lula quer aproveitar a troca no ministério para reformular a estrutura de inteligência do governo.

Segundo ministros e assessores próximos ao presidente ouvidos pelo blog, há um descontentamento com a dispersão das informações que são produzidas em diversos órgãos, além de faltar uma área que possa fazer a filtragem e cruzamento do que é considerado estratégico.

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